sexta-feira, 23 de maio de 2014

PRA TE DIZER O QUANTO TE AMO.

 Até mesmo em meio a este meu profundo silêncio,
Sem conseguir pronunciar a ti todas as minhas mais íntimas palavras,
Carreguei dentro do peito e dos meus olhos este doce mistério,
Pressentindo que pelos ventos daquela estrada, tu te aproximavas com ternura...

Até mesmo na cegueira insana do meu raciocínio,
Embalada pela tua lembrança não tão distante,
Atravessei todos os tempos em meio ao vazio,
Acreditando que sempre estive esperando por ti...

Até mesmo das vezes em que da vida me despedi,
Agarrada ao teu pensamento já tão preso ao meu,
Ressurgi em outra forma, em outra era,
Crendo ainda que em algum lugar ainda estavas...

Até mesmo dos momentos que descobri não serem nossos,
Atrelada a tua alma na minha,
Percebi que esta dor tão profunda e longa,
Iria um dia se findar...


Voltastes de uma longa espera,
Surgistes do nada,
Navegastes em minha direção,
És finalmente o meu bálsamo, 
E hoje não existe mais razão,
Para que eu não te diga, o quanto te amo

Sonho-te apenas perto de mim

tão perto 
estás ao pé de mim
tão longe
estou eu
presente em ti

tão perto
está tu no meu sonho
tão longe
estou eu
em teu desejo

tão perto
está este poema
dentro de mim
tão longe
o sentes
no coração em ti

este perto
que se faz longe
e este longe
que é tão perto
faz um perto de mim
por sentir-te tão longe
e num perto fim

se eu pudesse
fazer do perto longe
e o longe perto 
tudo era entre mim e ti…

mas eu não posso...

e assim distante de ti
sonho-te apenas
perto de mim

quinta-feira, 22 de maio de 2014

LUA DE SEDA PURPURA.

ler-te assim lânguida, expectante,
tudo o que sonhei e um pouco mais ainda,
é pudim à boca, gosto que não finda;
dos meus dias o sustento doravante!

és lua de seda púrpura! és linda!
vens à tona da pele marulhante;
canto e sereia, lampejo e diamante.
a nubente do prazer que te brinda!

amar-te é um misto d'alma e carne em fogo!
ai, as nossas almas! enleiam-se num jogo
d'afagos e plena fascinação!

subtraio a lonjura, o dó de te não ver,
mas restas-me mil! somada ao prazer
de seres flama, febre e sedução!

terça-feira, 6 de maio de 2014

INSIPIDAS HORAS..

Insípidas horas que se perdem
nos confins do nada deste vazio...
Consome-me esta ansiedade
num suspiro impaciente...

(rasgam-se as entranhas no pulsar que habita o peito)

Almejo o brilho cristalino
na profundidade do teu olhar...
Anseio pelo respirar pleno
do nosso incondicional amor...

(abarco-te na fortaleza da imensidão do meu abraço

QUANDO VÔCE VEM..

 Destilo poesia, versos estanques, no cio

A quem fez meu coração cativo, me amarrou
Nesta prisão onde até teus álibis silencio
Já que sei de cor, onde teu caminhar te levou

Se chegas, produzes um arco Iris em mim
Tua ausência rascante é depressa suprida
O nevoeiro se esvai, viçando nosso jardim
Brilham olhos tristes, esquecem a dor sentida

Sai recolhendo os pedaços, na casa abandonada
Exorciza os fantasmas que arrastam correntes
Na solidão das noites, pensamentos dolentes

Viajam ate você, olhos perdidos no nada
Veias cantam poemas, falam desta saudade
Ao entrar pela porta, os versos viram verdade