Não te amo como se fosse rosa de sal, topázio ou flecha de cravos que propagam o fogo: te amo secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva dentro de si, oculta, a luz daquelas flores, e graças a teu amor vive escuro em meu corpo o apertado aroma que ascender da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, te amo diretamente sem problemas nem orgulho: assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Se não assim deste modo em que não sou nem és tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Ouça a música,vem,vem dança comigo? Pega minha mão passe as suas pela minha cintura, abrace forte Encoste seu rosto no meu, me leve, me leve ao som da música Viajamos no nosso interior não tem ninguém aqui, Só eu e você. Estou leve olho para o céu vejo o brilho das estrelas a luz da Lua a nos encantar. Um sorriso um beijo, meu coração bate forte, No mesmo compasso sinto o seu coração junto ao meu na mesma pulsação. Estou em transe, você me deixa assim Te Amo..Te Amo Meu Amor sussurra baixinho: Você amor que sempre sonhei você amor da minha vida. Feche os olhos e viagem no nosso amor ao som da Música
Amar você é coisa de minutos A morte é menos que teu beijo Tão bom ser teu que sou Eu a teus pés derramado Pouco resta do que fui De ti depende ser bom ou ruim Serei o que achares conveniente Serei para ti mais que um cão Uma sombra que te aquece Um deus que não esquece Um servo que não diz não Morto teu pai serei teu irmão Direi os versos que quiseres Esquecerei todas as mulheres Serei tanto e tudo e todos Vais ter nojo de eu ser isso E estarei a teu serviço Enquanto durar meu corpo Enquanto me correr nas veias O rio vermelho que se inflama Ao ver teu rosto feito tocha Serei teu rei teu pão tua coisa tua rocha Sim, eu estarei aqui
São as tuas mãos frias e doces que alimentam o meu olhar são as tuas mãos a lareira do desejo o sincelo amigo nas manhãs nubladas são elas a chuva prometida que a tua pele doirada absorve como caramelo derretido numa panela de pressão angustiada as vãs noites resfriadas enquanto espero por elas... … as tuas mãos que poisam no rosto do sem-abrigo e aquecem o mendigo são as tuas mãos frias... e doces... e singelas sesmarias que alimentam o meu olhar São as tuas mãos frias aquelas que o papel engole quando às palavras vem a tristeza o barco recusa-se a navegar no teu corpo e o mar e a madrugada lívida dos pássaros marinheiros voam sobre a cidade dos homens abandonados e se não fossem as tuas mãos aquelas... as tais... que dizem ser frias... e se não fossem elas? nós? Imaginas a nossa vida... vivermos sem saber o que são as tuas mãos frias E doces que alimentam o meu olhar o mundo seria quadrado a lua talvez fosse filha de um triângulos isósceles pobre como eu tão pobre que nem se consegue ver no céu... se não fossem as tuas doces e tristes mãos o que seria da raiz quadrada e do cosseno de trinta grados? e tu miúda bela e tão bela preocupada com um borbulha... coisa insignificante porque são as tuas mãos as tais... as doces e frias... as janelas da solidão.
Não me diga que o fim é logo ali Pois o infinito brota das cachoeiras da perdição Me ame, me odeie minha loucura nunca será normal para você Quem em sã consciência poderá entender a transgressão dessas palavras Ou essas navalhas cortantes envoltas no sangue de minha consciência, por saber o que é único. Quem poderá explicar esse martírio desesperado em busca do sucesso Diga-me o sentido daquilo que você não entende Talvez eu entenda o vazio em que você foi afogado O sentido irreal que aprisiona teu ser A mentira constante colada na lente dos teus olhos A estória que dizem ser história é apenas o eco dessa enganação maquioza Verdadeiro é o silêncio, pois nunca diz nada.