segunda-feira, 4 de novembro de 2013

TEU ROSTO

TEUS ROSTO 
por que se fragmenta tanto o tempo  
e ali as asas não são as minhas  
e as pedras têm olhos abertos para o nada?  
chega-me o desejo agudo  
de um azul intenso  
nos ares desta longa madrugada.  
onde estaria teu rosto que eu leio e sei de cor? 
suspenso por um fio  
no fundo de um retrato 
onde estranhamente germina a minha face sem cor? 

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